Após prisão de sindicalista, GCM de Salvador fará acordo para conduzir guardas municipais à delegacia
Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação / GCM Salvador
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Salvador formalizou um pedido para que seus agentes sejam conduzidos à delegacia por integrantes da própria corporação, e não por policiais militares. A solicitação ocorreu após a prisão de Bruno Carianha, coordenador financeiro do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) e integrante da GCM, durante uma manifestação de professores e servidores públicos municipais contra a aprovação do Projeto de Lei 174/25, que trata do reajuste dos salários das categorias.
Durante o protesto, Carianha foi acusado de liderar o movimento. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram ele confrontando a Polícia Militar e outras pessoas presentes no dia do ocorrido. Ele foi preso por militares que tentavam conter a situação.
Com o episódio, a GCM agora solicita que a condução de servidores até a delegacia nessa e outras situações sejam feitas pela corporação.
O diretor-geral da GCM, coronel Humberto Sturaro, explicou os motivos do pedido. “Nós tivemos um incidente, houve uma desinteligência entre a Polícia Militar e a Guarda Municipal na semana passada, em que diz respeito à prisão em flagrante de um presidente do sindicato. Só que esse presidente do sindicato, ele sendo guarda municipal, a tropa nossa [da Guarda], que está sob a minha responsabilidade, ela solicitou muito para que, quando fatos desses acontecessem, as conduções fossem feitas por ela”, afirmou Sturaro em entrevista ao Bahia Notícias.
Segundo ele, a proposta visa que em situações envolvendo prisões de guardas municipais ou policiais militares, a condução seja realizada pela corporação à qual o detido pertence. “Na hora que um policial prende um guarda municipal, ou vice-versa, que aquela condução seja feita pela unidade a que ele pertence”, explicou.
Para oficializar a medida, Sturaro informou que já foi agendada uma audiência com o comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Antônio Carlos Magalhães. “Nós já marcamos uma audiência com o comandante-geral da corporação, Coronel Magalhães, que nos recebeu, que atendeu perfeitamente essa demanda. Nós vamos levar para ele um termo de cooperação técnica, para deixar isso evidenciado, além de um bate-papo, que esse pedido seja registrado e assim será feito. Então, vai chegar o momento que assim que essa reunião acontecer e esse termo for assinado, os guardas municipais, quando se envolverem em ocorrência, terão o direito de serem conduzidos por suas próprias reações. Foi um pedido da corporação, já atendido”, concluiu Sturaro.
Bruno Carianha foi acusado de lesão corporal dolosa, incitação ao crime, dano qualificado ao patrimônio público, resistência à prisão e vias de fato. O sindicalista foi detido por agentes da Polícia Militar após ter a prisão anunciada pelo presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB).
Na ocasião, após ter sido formalmente impedido de adentar o plenário da Câmara, o líder sindical foi um dos manifestantes que invadiu e ocupou o Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador, onde ocorreu a votação do projeto. Ao chegar ao plenário, o grupo foi acusado de agredir vereadores e outras testemunhas que acompanhavam a votação.
Conforme o documento o qual o Bahia Notícias teve acesso, o coordenador do Sindseps foi o responsável pela agressão ao vereador Maurício Trindade (PP) e outros servidores públicos funcionários da Câmara.
Além do vereador Maurício Trindade, foram apontados como vítimas dos atos de Bruno Carianha, os servidores públicos Sidney Carlos Mangabeira Campos Filho, Marcelo Bestetti Grun e Rondinele Conceição Andrade Requião. O Estado e a sociedade também foram apontadas como vítimas institucionais por conta dos danos ao patrimônio público.
Fonte: Bahia Notiicias
Redação: Altamirando de Lima,
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