Padre responsável pela igreja de São Francisco poderá responder por homicídio, diz procurador federal

 

O procurador federal Placido Faria, que atua no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), relatou ao Informe Baiano, nesta sexta-feira (07/02), que o padre responsável pela Igreja de São Francisco, onde aconteceu a tragédia com uma morte na última quarta-feira, poderá responder criminalmente na Justiça e até ser preso.

“O padre tinha obrigação de fechar a igreja, já que constatou que havia perigo em frenquentar a igreja. Ele comunicou ao Iphan 48 horas antes por ofício sobre os riscos e nunca esteve no Iphan pessoalmente”, pontua.

“Porque não fechou a igreja, se havia o risco? Eu estou respondendo sua pergunta tecnicamente e inclusive sou católico, apostólico e romano. Portanto, não tenho nada contra a Igreja. Agora, no mínimo, ele deverá responder por homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar. Ou se o Ministério Público Federal for mais exigente pode denunciá-lo por homicídio com dolo eventual”, finalizou o procurador federal Placido Faria.

Foto mostra rachaduras no teto

Uma foto feita por um casal de turistas dois dias antes da tragédia que resultou na morte da paulista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, na Igreja de São Francisco, no Centro Histórico de Salvador, revela que o teto do espaço já indicava sinais de deterioração.

O registro, que foi enviado ao Informe Baiano na noite desta quarta-feira (05/02), mostra pelo menos duas rachaduras grandes na estrutura. Além disso, comerciantes e guias turísticos afirmaram ao IB que a igreja já tinha apresentado outros problemas e um pedaço de material do teto chegou a cair recentemente.

O superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Hermano Queiroz, afirmou que o equipamento passou por uma restauração no valor de R$ 4 milhões em 2023. O investimento foi destinado à recuperação da solejaria do convento. Também havia um projeto de restauro pronto no valor de R$ 1,2 milhão, mas o recurso não teria sido liberados ainda pelo Ministério da Cultura, que é comandado pela cantora baiana Margareth Menezes. As obras não foram iniciadas porque dependem do Executivo.

A Polícia Federal investiga as circunstâncias, além de eventuais responsáveis pela tragédia. Além da morte de Giulia, a tragédia deixou cinco pessoas feridas.

Fonte: Informe Baiano

Redação : Altamirando de Lima, Radialista DRT 5842 Tel (75) 981761290
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