VIOLÊNCIA: Mais de 100 mulheres morreram por feminicídio na Bahia em 2024

 

Na Bahia, 106 mulheres foram mortas em casos de feminicídio no ano passado, conforme registros da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Somente na primeira semana de 2025, a Polícia Civil contabilizou 14 casos de vítimas violentadas exclusivamente por serem do gênero feminino, sendo três feminicídios e onze evidências do mesmo crime.

Os números de 2024 representam uma pequena melhoria em relação a 2023, quando foram registradas 115 ocorrências.

Relembre casos

Esposa de PM

Gleice da Silva Bonfim foi encontrada morta em sua casa no último dia 15 de dezembro. Ela foi encontrada com marcas de tiros em sua residência no bairro do Bonfim. Segundo a família da vítima, o suspeito do crime é o policial militar João Paulo Freire, com quem ela havia se casado há cinco dias. À época, as Polícias Militar e Civil não confirmaram o agente como suspeito do crime de feminicídio, mas não descartaram a possibilidade.

De acordo com informações de vizinhos, após a morte da mulher, o policial afirmou que iria para um hospital buscar atendimento. No entanto, segundo a família dela, o homem retornou para pegar alguns pertences e sumiu logo depois. O PM está lotado na 16ª Companhia Independente (CIPM/Comércio).

Ainda muito abalados, os familiares conversaram com a reportagem e confirmaram que ele voltou para casa para pegar uma arma, as munições dele e o celular de Gleyci.

“Pegou a arma, botou no baú da moto e levou a mãe e o irmão. Além disso, levou o aparelho celular dela. Se não matou, por que eu faria isso? Desde então, ninguém sabe dele”, fala um familiar, sem se identificar, afirmando que existe um vídeo que comprova isso.

Há registros ainda de que o homem pediu “Alfa 11”, um código de alerta geral, comumente usado por militares em situação de risco. Quando usadas, as viaturas que estão no entorno são deslocadas para o local.

Suspeito pede para pai amolar faca do crime

Luiz Carlos dos Santos Reis, suspeito do feminicídio de Camila Sampaio Rodrigues, 32 anos, que foi encontrado morto no dia 22 de outubro, dentro da própria casa no bairro da Cidade Nova, usou uma faca que pediu ao pai da vítima para amolar antes do crime. É o que contaram familiares de Camila, que destaca que Luiz era ex-companheiro da recepcionista há pelo menos três meses e só morava ainda com ela porque estava desempregado.

Jandira Arcanjo Rodrigues, tia de Camila, revelou os traços de crueldade do suspeito. “A gente vê cara, não vê coração. Ele tinha fala mansa, usava de falsidade. Para você ver, ele foi tão cruel que usou a faca que pediu para o sogro para amolar, meu irmão. Essa mesma faca matou a minha sobrinha, pediu para amolar antes de fazer isso. É algo que não pode ficar assim. Ele precisa ser preso e não pode ser liberado no outro dia, uma família foi destruída”, contou a tia, sem conseguir conter as lágrimas.

Ela afirmou, inclusive, que todos foram fomentados pelo crime. “Ninguém desconfiou que ele pudesse fazer algo assim, nem mesmo o meu irmão que morava perto dele. Ele usava máscara de mocinho e enganou tudo. Minha tia, que morava na casa que fica embaixo de onde Camila vivia, disse que nunca tinha visto briga nenhuma, nada mesmo. O dia da morte foi domingo, minha tia chegou a ouvir uma voz, mas não sabia que era a sobrinha sendo morta”, completou.

Fonte: Informe Baiano

Redação : Altamirando de Lima, Radialista DRT 5842 Tel (75) 981761290
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