Prefeitura de Camaçari demite 50% dos salva-vidas e deixa praias vulneráveis, denuncia entidades
Medida drástica reduz segurança em áreas de lazer populares;
sindicato e profissionais se mobilizam em protesto e alertam para riscos maiores
A Prefeitura de Camaçari demitiu cerca de 50% dos salva-vidas que atuavam nos 42 km de costa, deixando praias frequentadas como Jauá e Itacimirim sem cobertura adequada para resgates. A decisão, que pegou a categoria de surpresa, reduziu drasticamente o número de profissionais disponíveis para garantir a segurança dos banhistas, especialmente em uma época em que o fluxo de visitantes aumenta.
Na manhã deste domingo (03), representantes do Sindicato dos Bombeiros Civis, Resgatistas e Salva-vidas do Estado da Bahia reuniram-se em protesto contra a medida. Neto, presidente da associação dos salva-vidas, expressou ao site Alô Juca preocupação do grupo com as demissões, destacando que, no ano passado, a categoria reivindicava a contratação de mais profissionais para suprir a demanda crescente. “Hoje, de 64 salva-vidas, restaram apenas 26, tornando impossível garantir a segurança dos banhistas”, afirmou Neto.
O contrato com a empresa ROD, responsável pela equipe de salvamento, estava previsto para vigorar até dezembro, mas foi rescindido de forma antecipada. Jorge, porta-voz do sindicato, levantou questionamentos sobre a responsabilidade da administração municipal em casos de acidentes fatais devido à ausência de profissionais. “Se houver óbitos nas praias devido à falta de salva-vidas, quem será responsabilizado?” questionou.
Com a redução de 24 para aproximadamente 10 postos de resgate ao longo da costa, a associação de salva-vidas orientou a população a evitar as praias nos próximos dias. Segundo o sindicato, a segurança dos banhistas está comprometida, e as áreas antes monitoradas agora encontram-se sem qualquer proteção, expondo moradores e turistas a riscos graves.
Os representantes da categoria informaram que tomarão medidas legais e prometem acionar o Ministério Público, a Defesa Civil e a própria Prefeitura para que reavaliem a situação e busquem alternativas que garantam a segurança dos frequentadores das praias de Camaçari.
Fonte: Mais Região
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